️Para deixar bem claro a gravidade desse jogo: ❌ RIO - Um jogo perigoso está ganhando popularidade nas escolas do Rio com a divulgação de vídeos na internet. A “brincadeira (ou jogo) do desmaio” consiste em provocar a perda da consciência por meio de asfixia, o que pode ser feito com estrangulamento ou pressão no peito — “método” mais utilizado nos colégios —, sempre com a ajuda de outros colegas. ❌ Mês passado, na escola do bairro carioca das Laranjeiras, um aluno do 1º ano do ensino médio desmaiou em pleno pátio, na hora do recreio, durante a o jogo. Ainda tonto, ao tentar se levantar ele bateu com a cabeça num banco, sofrendo escoriações. ❌Entre as possíveis consequências, segundo médicos, estão hematomas, parada cardíaca, lesões cerebrais, coma e até a morte.
❌Cardiologista do hospital Pró-Cardíaco, no Rio, Claudio Tinoco explica que as consequências da “brincadeira” podem ser graves, principalmente se o aluno tiver um problema cardíaco desconhecido. — A brincadeira causa queda de pressão, falta de oxigenação no sangue e a síncope, conhecida como desmaio. A falta de oxigenação pode levar a uma parada cardíaca ou a uma lesão no cérebro, com sequelas permanentes. A área da memória é a primeira a ser danificada, mas o adolescente pode ainda ter parte da visão afetada. Em casos mais sérios, pode haver coma e morte cerebral — explica Tinoco. ❌Fora do Brasil, o “jogo do desmaio” já deu origem a manchetes trágicas. Na França, as terríveis consequências da prática levaram à criação de uma associação de pais de vítimas desse jogo de estrangulamento, a Apeas. Segundo a organização, dez mortes são registradas anualmente, em média, no país europeu desde 2000 devido à perigosa prática.
❌De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), pelo menos 82 crianças e adolescentes com idades entre 9 e 16 anos morreram no país por causa da brincadeira, entre 1995 e 2007. Como as mortes geralmente são registradas como suicídio, pois acontecem mais comumente quando os adolescentes se arriscam sozinhos, é difícil computar números.
Fonte: O Globo