sábado, 30 de março de 2013

SÍNDROME DAS PERNAS INQUIETAS.



CURIOSIDADE!

SÍNDROME DAS PERNAS INQUIETAS.



Problema de cunho neurológico afeta o sono e a qualidade de vida.

Incômodo nas pernas, formigamento, puxões, coceiras. Variam as palavras que os pacientes usam para descrever o mal-estar que sentem nos membros inferiores, geralmente no final do dia ou começo da noite, e que os obriga a se mexer. Só o movimento melhora a sensação. Com frequência, o problema é tachado de tique, mania ou coisa de maluco. Não é. É um distúrbio neurológico chamado síndrome das pernas inquietas (SPI) que, além do evidente desconforto, costuma ter outros desdobramentos: dificuldade para iniciar o sono, cansaço e irritação por causa das noites maldormidas.

Estima-se que entre 5% e 15% da população sofra desse mal, que afeta mais as mulheres e indivíduos acima dos 50 anos. A terça parte dos casos está relacionada a fatores genéticos. Outro terço está associado a fatores como carência de ferro (com ou sem anemia), gravidez, abuso de estimulantes como a cafeina, uso de drogas, antidepressivos e antipsicóticas, doenças renais, polineuropatia (disfunção dos nervos periféricos) e doença de Parkinson, dentre outros. Algumas dessas causas são reversíveis. Tratá-las ou investir na mudança de hábitos pode eliminar ou minimizar os sintomas da síndrome. Há, ainda, um terço de casos cujas causas são desconhecidas.

Não há um exame laboratorial ou de imagem que indique que a pessoa é portadora de SPI. O que pode ser feito é um exame de sangue para checar se há carência de ferro ou uma polissonografia para descartar outros problemas relacionados ao sono.

Um dos mecanismos que predispõem os pacientes à SPI é a diminuição da dopamina, um neurotransmissor, o que afeta o SNC. Assim, o tratamento pode incluir drogas que visam à reposição da dopamina. São os mesmos medicamentos usados no tratamento da doença de Parkinson, também associada à perda de dopamina, só que em doses muito menores. Também podem ser administrados benzodiazepínicos, anticonvulsivantes e opioides.

Não há tratamento específico para a síndrome das pernas inquietas. Cada paciente é um caso. Importante é saber que se trata de um problema neurológico, que precisa ser cuidado. Os ganhos virão na forma de um sono mais tranquilo e melhor qualidade de vida.

Exercício é alternativa para tratar síndrome das pernas inquietas


A Unifesp trata pacientes portadores da SPI com exercícios aeróbicos como uma alternativa à medicação. A prática de exercícios faz com que o organismo libere beta-endorfina, um analgésico natural, e dopamina.

Um estudo desenvolvido pelo professor Marco Túlio de Mello, do Departamento de Psicobiologia da universidade, mostrou que os exercícios ajudam na diminuição dos movimentos noturnos na mesma proporção dos remédios.








Quer saber mais?

Abaixo, segue links de arquivos que falam mais detalhadamente sobre a SPI:

http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2009/RN%2017%2003/339%20revisao.pdf
http://jararaca.ufsm.br/websites/lan/download/Consensos/pernas%20inquietas.pdf
http://drauziovarella.com.br/homem-2/deficiencia-de-testosterona/
http://www.actamedicaportuguesa.com/pdf/2008-21/4/359-366.pdf
http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2004/RN%2012%2001/Pages%20from%20RN%2012%2001-2.pdf

Espero que tenham gostado.
Boa Noite!

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* Dani Sousa