DIA MUNDIAL DA CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO.
E VOCÊ? SABE O QUE É O AUTISMO?
A expressão autismo foi utilizada pela primeira vez por Bleuler em 1911, para designar a perda do contacto com a realidade, o que acarretava uma grande dificuldade ou impossibilidade de comunicação (GADIA; TUCHMAN; ROTTA, 2004).
As manifestações comportamentais que definem o autismo incluem déficits qualitativos na interação social e na comunicação, padrões de comportamento repetitivos e estereotipados e um repertório restrito de interesses e atividades. A grande variabilidade no grau de habilidades sociais e de comunicação e nos padrões de comportamento que ocorrem em autistas tornou mais apropriado o uso do termo transtornos invasivos do desenvolvimento (TID).
Sintomas
O autismo acomete pessoas de todas as classes sociais e etnias, mais
os meninos do que as meninas. Os sintomas podem aparecer nos primeiros
meses de vida, mas dificilmente são identificados precocemente. O mais
comum é os sinais ficarem evidentes antes de a criança completar três
anos. De acordo com o quadro clínico, eles podem ser divididos em 3
grupos:
1) ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade
de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e
repetitivos, deficiência mental;
2) o portador é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual
com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala
como ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do
contexto) e tem comprometimento da compreensão;
3) domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior, menor
dificuldade de interação social que permite aos portadores levar vida
próxima do normal.
Na adolescência e vida adulta, as manifestações do autismo dependem
de como as pessoas conseguiram aprender as regras sociais e desenvolver
comportamentos que favoreceram sua adaptação e auto-suficiência.
Diagnóstico
O diagnóstico é essencialmente clínico.
Tratamento
Não existe tratamento padrão que possa ser utilizado. Cada paciente
exige acompanhamento individual, de acordo com suas necessidades e
deficiências. Alguns podem beneficiar-se com o uso de medicamentos,
especialmente quando existem co-morbidades associadas.
O AUTISMO SOB O OLHAR DA TERAPIA OCUPACIONAL
A intervenção terapêutica ocupacional para com o psicótico infantil
objetiva essencialmente a busca de possibilidades que auxiliem esses
pacientes a participarem de forma mais consistente em seu meio.
Diversos
aspectos estão envolvidos no processo de tratamento oferecido pela
terapia ocupacional, esta deve estar direcionada para as limitações da
criança, como incapacidade de abstração, de expressão verbal, na
interação social recíproca, etc.
Existem diversas orientações teóricas que oferecem um suporte às práticas do terapeuta ocupacional: desenvolvimental, comportamento ocupacional, integrativo-sensorial, aquisicional, biomecânica, reabilitativa e psicanalítica. Esta última com uma visão psicodinâmica, na qual a terapia ocupacional enfatiza a relação terapêutica e as atividades como fundamentais no processo de tratamento. Isso é considerado por que é através da comunicação que se estabelece no nível da linguagem do concreto (ação e expressão) e através do vínculo que se estabelece com o paciente que, como argumenta Benneton (1989) pode-se chegar a uma compreensão e intervenção na dinâmica do processo experienciado pelo paciente.
As sessões de terapia ocupacional concedem um reconhecimento recíproco do nível e da forma com que a criança é capaz de se mostrar, através dos materiais que explora, da rotina que se forma , do contato que realiza ou não com o terapeuta, etc.
Existem diversas orientações teóricas que oferecem um suporte às práticas do terapeuta ocupacional: desenvolvimental, comportamento ocupacional, integrativo-sensorial, aquisicional, biomecânica, reabilitativa e psicanalítica. Esta última com uma visão psicodinâmica, na qual a terapia ocupacional enfatiza a relação terapêutica e as atividades como fundamentais no processo de tratamento. Isso é considerado por que é através da comunicação que se estabelece no nível da linguagem do concreto (ação e expressão) e através do vínculo que se estabelece com o paciente que, como argumenta Benneton (1989) pode-se chegar a uma compreensão e intervenção na dinâmica do processo experienciado pelo paciente.
As sessões de terapia ocupacional concedem um reconhecimento recíproco do nível e da forma com que a criança é capaz de se mostrar, através dos materiais que explora, da rotina que se forma , do contato que realiza ou não com o terapeuta, etc.
Outro objetivo a ser enfatizado é a necessidade da compreensão pela criança dos limites e espaços que podem ser utilizados por ela e pelo terapeuta.
Um terceiro aspecto a ser colocado relaciona-se à procura de aproximação ou chance de uma situação de brincar que precisa ser contextualizado quanto ao que se pensa, ou seja, deve-se considerar as maneiras primárias da brincadeira, percebendo-as como forma de comunicação da criança e expressivas no campo da abstração e simbolização.
RECURSOS TERAPÊUTICOS:
O uso de atividades terapêuticas com pacientes autistas tem um valor representativo importante, pois permite a expressão de seus sentimentos e emoções fornecendo dados sobre seus gostos, desgostos e conflitos que muitas vezes não podem ser verbalizados por ele.
É preciso ter em mente os objetivos do tratamento que pretende-se atingir, a partir de um plano sobre quais as áreas precisam ser direcionadas, para que assim possa ser preparado um programa de atividades que sejam desenvolvidas durante as sessões terapêuticas.
Conforme Spackman (1998) as duas metodologias mais utilizadas pela terapia ocupacional no tratamento do autista são a integração sensorial e a terapia comportamental.
Por se tratarem de crianças, o brincar enquanto
recurso terapêutico, é a atividade predominante utilizada nessas sessões
de terapia ocupacional. As brincadeiras características dessas crianças
tendem a ser pouco variadas e criativas, estas insistem na resistência
às mudanças permanecendo em sua maioria, nas brincadeiras de rotina. No
entanto o profissional que acompanha deve estar atento ao fato de que,
ocorrendo progressões, estas brincadeiras terão de ser modificadas e
executadas de forma nova e criativa.
O uso da fantasia pode ajudar a criança a explorar os sentimentos e as idéias, auxiliar as resoluções dos conflitos e trazer à tona uma mudança cognitiva, além de favorecer a interação social.
Os pacientes psicóticos não têm noção de seu próprio esquema corporal, é como se todos as partes de seu corpo estivessem separadas, fragmentadas. A inclusão da expressão corporal no programa de tratamento contribui para que este possa desenvolver sua própria imagem.
O terapeuta ocupacional desempenha um papel fundamental no direcionamento das atividades de vida diária, visando assim uma melhor autonomia e independência nessas atividades que podem estar comprometidas. Esse profissional também se preocupa com o desenvolvimento dos processos senso-perceptivos infantis. Esses processos influenciam proporcionalmente nas AVD´s, uma vez que estando os aspectos sensórios-perceptivos alterados, essas atividades estarão comprometidas.
Neste contexto, deve-se direcionar seus objetivos para facilitação e estímulo das capacidades sensoriais ( visuais, auditivas, táteis, vestibulares...), proporcionando uma maior interação com o meio ambiente físico. Pode-se utilizar atividades que possibilitem ao psicótico experienciar a complexidade destas percepções.
Outro aspecto importante a ser trabalhado é promover a interação social com essas crianças. Esses pacientes demonstram problemas no nível social. Apresentam dificuldades na compreensão do outro, ocasionando uma falta de interesse pelas pessoas não mantendo contato afetivo com estas. Para isto, torna-se imprescindível o atendimento grupal, a fim de estimular essa compreensão, e promover a socialização da criança.
É necessária, portanto, a ajuda familiar nesse processo de acompanhamento durante as sessões terapêuticas seguido de orientações para a continuidade desses estímulos em seu próprio lar.
O uso da fantasia pode ajudar a criança a explorar os sentimentos e as idéias, auxiliar as resoluções dos conflitos e trazer à tona uma mudança cognitiva, além de favorecer a interação social.
Os pacientes psicóticos não têm noção de seu próprio esquema corporal, é como se todos as partes de seu corpo estivessem separadas, fragmentadas. A inclusão da expressão corporal no programa de tratamento contribui para que este possa desenvolver sua própria imagem.
O terapeuta ocupacional desempenha um papel fundamental no direcionamento das atividades de vida diária, visando assim uma melhor autonomia e independência nessas atividades que podem estar comprometidas. Esse profissional também se preocupa com o desenvolvimento dos processos senso-perceptivos infantis. Esses processos influenciam proporcionalmente nas AVD´s, uma vez que estando os aspectos sensórios-perceptivos alterados, essas atividades estarão comprometidas.
Neste contexto, deve-se direcionar seus objetivos para facilitação e estímulo das capacidades sensoriais ( visuais, auditivas, táteis, vestibulares...), proporcionando uma maior interação com o meio ambiente físico. Pode-se utilizar atividades que possibilitem ao psicótico experienciar a complexidade destas percepções.
Outro aspecto importante a ser trabalhado é promover a interação social com essas crianças. Esses pacientes demonstram problemas no nível social. Apresentam dificuldades na compreensão do outro, ocasionando uma falta de interesse pelas pessoas não mantendo contato afetivo com estas. Para isto, torna-se imprescindível o atendimento grupal, a fim de estimular essa compreensão, e promover a socialização da criança.
É necessária, portanto, a ajuda familiar nesse processo de acompanhamento durante as sessões terapêuticas seguido de orientações para a continuidade desses estímulos em seu próprio lar.
Galera, lembrando que essa conscientização deve ser feita diariamente para que possamos entender e lidar melhor com os portadores de Autismo.
Espero que tenham gostado do post.
Até mais!
Boa Noite.
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* Dani Sousa